Projetos apoiados pela ABDI melhoram a eficiência da agropecuária no uso de recursos como água e fertilizantes, aumentando sustentabilidade do setor

A tecnologia é uma grande aliada para o aumento da competitividade do país, de acordo com o secretário Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, que defendeu avanços nas reformas tributária e administrativa, a fim de estimular o investimento privado.

Nesse sentido, Da Costa elogiou o programa Agro 4.0, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que apresentou, na quarta-feira (24/11), durante o CB Fórum – Agro 4.0realizado pelo Correio Braziliense em parceria com a ABDI, os resultados da primeira edição da iniciativa da agência.

Foram desenvolvidos 14 projetos-pilotos envolvendo o uso da tecnologia no campo, melhorando a produtividade, aumentando a eficiência e reduzindo o uso de herbicidas. Oito deles foram premiados pela entidade no evento. “Estamos comemorando resultados absolutamente extraordinários de um programa vencedor, que pode ter um impacto semelhante ao do pacote tecnológico que transformou e revolucionou o campo brasileiro a partir das pesquisas da Embrapa, da assistência técnica, que é o uso da tecnologia 4.0”, afirmou Da Costa, durante a abertura do CB Fórum. Ele elogiou a iniciativa da ABDI, que ganhou novo rumo e se transformou em um campo de provas de novas tecnologias.

O secretário destacou que o governo colocou várias medidas em marcha para o desenvolvimento dessa tecnologia, como a desoneração dos chips, que passou de um valor unitário, que, às vezes, supera o preço do microprocessador para um “um percentual baixinho”. “Isso destravou o uso dos chips para a internet das coisas”, afirmou, citando um dos principais usos do 5G. “Mudamos o Fust e adotamos outras medidas na área da produtividade”, acrescentou.

Carga tributária

Ao levantar a bandeira de uma reforma tributária que diminua a carga de impostos sobre a indústria, Da Costa afirmou que é “uma injustiça dizer que a indústria é privilegiada”. Segundo ele, o setor produtivo busca sobreviver diante de uma “carga tributária altíssima”.

A indústria da transformação representa 13% do Produto Interno Bruto (PIB), mas é responsável por 33% do imposto arrecadado”, afirmou. Para ele, quem acha a indústria privilegiada desconhece a realidade enfrentada pelo setor produtivo para ser competitivo no mercado internacional. “Nossa indústria é muito competitiva e traz prosperidade quando conseguimos trabalhar juntos, desonerar e destravar o país”, complementou.

O Agro 4.0 é resultado de uma parceria entre os ministérios da Economia, da Agricultura e da Ciência, Tecnologia e Inovações. Da Costa adiantou que já está aberto o segundo edital do programa Agro 4.0, que vai selecionar novos projetos para o ambiente de inovação no Brasil.

Na avaliação do secretário, os projetos apresentados pela ABDI mostram que o uso da tecnologia garante ganhos de eficiência na produção agrícola, que já é bastante competitiva no mercado internacional. “Esse é o nosso Brasil que dá certo”, frisou. “É muito importante que continuemos trabalhando para a frente, com leis melhores, mais produtividade, e mais emprego e renda para o país”, acrescentou.

Ranking

Carlos Da Costa ressaltou que a melhoria do ambiente de negócios é fundamental para ampliar a competitividade do país no mercado externo. Ele disse que as concessões na área de infraestrutura e o marco das telecomunicações para tecnologias digitais devem ajudar o país a avançar no ranking Doing Business, do Banco Mundial. Segundo ele, a meta do governo é tirar o país do 124º lugar para ficar entre os 50 melhores países para fazer negócios, até o fim do governo.

Fonte

www.correiobraziliense.com.br

Por Rossana Hessel

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