Fundada em 19 de outubro de 1890 pelo governo estadual, “Ijuhy”, que na língua Guarany significa “Rio das Águas Divinas”, abre suas portas para o início da imigração.

A região do vale do Rio Ijuí foi uma das últimas áreas do Rio Grande do Sul a ser colonizada.

Após ser medida e demarcada pelo Governo, a Colônia, recém criada, recebeu seus primeiros imigrantes que somados aos caboclos já residentes no munícipio, tornaram-se os primeiros moradores da localidade.

Distante 395 km de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, Ijuhy se distinguiu das demais colônias pela sua forma de colonização multiétnica.

Diferentemente de outros projetos semelhantes já realizadas pelo Governo Federal, no final do século XIX e início do XX, a então colônia Ijuhy foi constituída por imigrantes das mais diversas etnias.

A proposta era formar colônias mistas de imigrantes e não mais como nas “Colônias Velhas”, as quais eram compostas, em sua maioria, por apenas uma ou duas etnias.

Assim, milhares de imigrantes (atraídos por uma propaganda fovernamental cheia de promessas de liberdade e oportunidades) originários de diversos países – em sua maioria da Europa – aqui chegaram para formar a “Grande Colônia Ijuhy”. Segundo FISCHER (2002), o Brasil era a nova pátria, a terra da promissão.

A realidade aqui encontrada foi muito diferente da anunciada. Os imigrantes passaram por duros desafios, dificuldades iniais de comunicação e entrosamento social, em meio a mata virgem, com escassos recursos e muitas vezes pouca ou nenhuma experiência nos lides da agricultura e pecuária.

Contando apenas com a sua religiosidade, e o auxílio de caboclos que já habitavam a região e algum recursos que lhes era destinado para o início dos trabalhos de derrubada de mata, muitos pereceram, alguns emigraram buscando melhores condições, porém muitos outros permaneceram e na colônia formaram grandes famílias.

A fé, a perseverança, a força e o trabalho de cada um destes corajosos imigrantes, transformaram a “Babel do Planalto”, como qualificou o padre Antonio B. Cuber, primeiro Pároco Católico da Colônia, no próspero Município de Ijuí.

Atualmente Ijuí é destaque nacional pela sua riqueza cultural e mantém na vanguarda o título de “Colméia do Trabalho” e “Terra das Culturas Diversificadas”.

FONTE: UETI

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