Seria tão simples começar a escrever sobre mulher, se ela não fosse um ser tão completo, e que possui um potencial incrível com inúmeras possibilidades de se transmutar.

Transmutar será que é a palavra certa? Sim, quantas vezes ela se transmuta em revolta, tristeza, sensação de impotência, ao mesmo tempo em alegria, perseverança e propósito?

Mesmo em pleno século XXI vivemos em uma sociedade machista, melhores cargos, melhores salários, são para homens, ter posicionamento firme não serve para uma mulher, se ela esta gorda é por que é desleixada, se acorda para a vida é por que algo de bom não deve estar fazendo. Reconhecer esse tipo de comportamento, seja ele praticado contra nós ou contra uma ou um de nós, é o primeiro passo para alcançarmos uma sociedade menos sexista e violenta.

Porquê ainda parece aos nossos olhos, tão distante para algumas mulheres se colocarem no lugar de outras? A reposta é simples. Porque assim fomos educadas a ser.

Este mês em que comemoramos o 8 de março de tantos anos, que nosso olhar se volte ao feminismo interior e na educação para com o nosso próximo, começando dentro dos nossos lares.

O significado da palavra empatia passa distante da vivência de muitas pessoas e de muitas famílias. Não adianta nós mulheres nos orgulharmos de poder gerar uma vida. Já superamos o conceito de que viemos ao mundo só com esse fim. Precisamos, é reconhecer em outra mulher o potencial do empoderamento pelo seu lugar ocupado perante a sociedade, onde ELA
tem as rédeas da vida e a capacidade de tomar decisões que impactam diretamente na sua vida, da sua família e da sua sociedade, e que ela simplesmente te representa.

A própria Bíblia Sagrada demostra a força da mulher perante a sociedade da época Maria, cria e faz a historia acontecer sendo presença fiel de testemunho, mediadora até mesmo do primeiro milagre de Cristo, quando transformou agua em vinho. Jesus fala para sua Mãe que seu tempo ainda não tinha chegado. Então, Maria disse aos serviçais para obedecer a tudo que Jesus mandasse. Maria foi fiel à sua verdade, pois tinha consciência que era humana e fraca, porque passou por sofrimentos e dores, mas não perdeu a fé, que foi o seu sustento diante das dificuldades.

Quando eu falo em família, não contextualizo somente os vínculos sanguíneos, mas sim o grupo ao qual pertencemos e que exercemos influência direta . Temos que abrir espaço para o novo, criar mecanismos capazes de desmistificar uma cultura existente. É preciso termos o
empenho real de todos e de todas em deixar preconceitos para trás, e olharmos a MULHER como pessoa e não com um ser coadjuvante ou menos capaz.

por Regina Lopes

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